Caminhões são os principais alvos de assalto segundo um relatório anual sobre roubo global de carga
A falta de estacionamento vigiado está a colocar os caminhões sob elevado risco de assalto por corte e roubo, segundo um relatório do BSI & TT Club.
O Relatório Anual de 2018 do BSI Supply Chain Services & Solutions & TT Club Cargo Theft chama a atenção para o número impressionante de ataques a caminhões de carga em todo o mundo. Este problema é exacerbado pela falta de áreas de estacionamento de caminhões seguras e vigiadas (SSTPA).
Segundo o mesmo relatório, os caminhões são o principal alvo de assalto, contabilizando uns significativos oitenta e quatro por cento (84%) dos roubos em todo o mundo, quando comparado com os assaltos a armazéns ou outras instalações. Os criminosos que rasgam as lonas dos caminhões para roubar a mercadoria representam vinte e sete por cento (27%) do total de roubos de carga. Estes ataques podem ocorrer facilmente por causa da falta de áreas de estacionamento de caminhões vigiadas.
Na Europa, em particular, a escassez de áreas de estacionamento para caminhões é o fator que mais contribui para o roubo de carga. De facto, cinquenta por cento (50%) dos roubos de carga em toda a Europa são perpetrados por corte e roubo, uma vez que os caminhões são forçados a estacionar em áreas vulneráveis. O elevado número de caminhões com lona usados por estes países também agrava a situação. O Reino Unido é apontado como o pior país da Europa para roubo de carga, cobrindo oitenta e seis por cento (86%), enquanto a Alemanha se encontra na outra ponta do espectro, com quatro por cento (4%).
O BSI & TT Club revela ainda que, embora a Europa seja menos suscetível a sequestro de caminhões, tais ataques tendem a ocorrer mais na Itália.
O roubo de carga é um grande negócio para os criminosos; o valor médio de cada roubo é mais elevado na América do Sul, com mercadoria roubada a chegar aos $77.000, seguido da Europa ($59.866), América do Norte ($58.500) e Ásia ($18.923). Os alvos mais populares incluem alimentos e bebidas, álcool e tabaco, totalizando 30% dos roubos.
O relatório salienta outro risco crescente para o setor da logística, com a tendência para os roubos envolverem pessoas das empresas ou próximas delas. Em contrapartida, as ameaças externas diminuíram nos últimos anos devido ao aumento da segurança adicional.
Conforme indicado pelo recente estudo da União Europeia, devem ser tomadas medidas para melhorar a rede de áreas de estacionamento seguras e vigiadas (SSTPA) para caminhões e, logo, reduzir os assaltos.